JUVENTUDE BUSCANDO CRISTO

Somos um grupo de jovens da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Vergel do Lago, Maceió-AL. Desde
1991, em comunhão com a Santa Igreja Católica, serventes de Jesus Cristo em nossa comunidade. Nosso carisma: Evangelizar e congregar os jovens.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ser santo , sem deixar de ser Jovem !

O senhor nos convida , a sermos santos sem nunca deixarmos de ser jovens ! A missão que Deus nos convida a cada dia , é tentar converter todas as situações dentro da nossa vida como JOVEM e tentar elevar a Deus nossas limitações e tudo aquilo que nos deixa incapazes de prosseguir na na nossa missão de EVANGELIZAR .
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos. Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".
  Papa João Paulo II.

/ Yana Marques .

sábado, 29 de janeiro de 2011

DICIONÁRIO DE LITURGIA

Acólito - do grego (Acólytos) - Pessoa ordenada ou não, que auxilia os ministros nas celebrações.
Ambão - Pequena tribuna, geralmente em madeira, de onde são lidos textos sagrados ou apresentados cantos litúrgicos, nos templos religiosos.
Anamnese - Palavras de louvor - "Por Cristo, com Cristo e em Cristo..."
Alfaias - Toalhas e ornamentos do altar.
Altar - Mesa da celebração e do banquete. Nesta imagem, altar da Igreja de São Benedito, no centro de nossa cidade.
Altar Mor - Altar principal, em que geralmente se conserva o Santíssimo Sacramento e se celebram os principais atos do culto. Na nossa imagem, altar principal da Igreja dos Martírios, aqui mesmo em nossa cidade.
Altar Lateral - Altar colocado na parede, capela ou nicho laterais.
Apóstolo - Palavra de origem grega que significa enviado. Eram os seguidores diretos de Jesus, enviados para propagar o cristianismo.
Assembléia ou Congregação - O grupo de fiéis reunidos em oração ou ação litúrgica.
Báculo - Bastão em forma de cajado usado pelo Bispo como sinal de que ele é o pastor, representante de Cristo, o Bom Pastor, que guia as ovelhas, ou seja. Os fiéis. Quando celebra, o Bispo segura o báculo na entrada, durante a proclamação do Evangelho, na homilia e durante a oração do Creio ou profissão de fé. Nos outros momentos, fica na mão do coroinha ou acólito.
Baculífero - Ministro do báculo. Encarregado pelo báculo e também de conduzi-lo até o Bispo.
Batistério - Local onde se administra o batismo.
Beatificação - Aprovação de uma pessoa como modelo cristão, para que possa ser cultuado. A beatificação é um passo para a canonização, na qual o beato é declarado santo. O beato pode ser cultuado apenas em alguns lugares (como um país ou a região em que viveu). Já o santo não tem essas restrições.
Bíblia - Conjunto de livros da Palavra de Deus, formado pelo Antigo e Novo Testamento. A Liturgia celebra o que a Bíblia revela. O livro da Palavra de Deus está presente em todas as celebrações como sinal de amor de Deus comunicado aos homens. Pode ser levada em procissão na entrada, antes da aclamação do Evangelho e colocada no lugar de honra, na estante, entre duas velas acesas ou junto a um vaso de flores.
Bispo - Responsável pela administração de uma diocese, maior unidade territorial da igreja. É considerado sucessor dos apóstolos. Está diretamente subordinado ao papa.
Camerlengo - É o cardeal que administra a igreja entre a morte de um papa e a eleição de outro.
Campanário - Torre de sinos.
Canonizar - Processo de transformação de uma pessoa em santo.
Cardeal - Dignidade eclesiástica que compõe o Sacro Colégio pontifício e tem voto na eleição dos papas. É um título honorífico conferido pelo papa. Normalmente é dado a bispos ou arcebispos, mas pode ser ainda conferido pelo sumo pontífice a outras posições eclesiásticas, como padre, por exemplo. 
Catecismo - Texto que transmite a doutrina católica.
CELAM - Conselho Episcopal Latino-Americano.
Ceroferário – Ministro que carrega os castiçais nas celebrações. São estes que ladeiam o cruciferário na imagem.
Círio Pascoal - Grande vela de cera que representa Cristo Ressuscitado. É aceso pela primeira vez na Vigília Pascal. Deve ser preparado com antecedência para estar bem visível o desenho da cruz, as letras A e Z, primeira e última do alfabeto, que simbolizam Cristo, princípio e fim, e os números do ano, lembrando a história da salvação e o tempo decorrido desde a vinda de Cristo. Na cruz, são fixados cinco cravos, feitos de prego cobertos de cera misturada com incenso. Cada um deles representa uma das chagas de Jesus. O círio deve ser colocado próximo ao altar, durante o tempo de Páscoa, levado em procissão nas missas solenes e estar em destaque nas celebrações do Batismo e Crisma. É na chama do círio que são acesas as velas dos batizados, para simbolizar nova vida de ressuscitados em Cristo.
CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, uma organização de bispos. Não se inclui na hierarquia tradicional da igreja. 
Concílio - Reunião de bispos de um país, de uma região ou de toda a igreja. Neste caso, recebe o nome de concílio ecumênico.
Conclave - Assembléia de cardeais para a eleição do papa ou local onde eles se reúnem para tal fim.
Coro - Ficava normalmente atrás ou diante do altar-mor. É o lugar dos cantores litúrgicos.
Conopeu - Véu que cobre o sacrário.
Credência – Pequena mesa de presbitério onde são colocados os livros, as galhetas, etc., para que não fiquem sobre o altar. Mesinha onde ficam depositados os objetos sacros usados durante o ofertório e após a comunhão na Missa.
Cruciferário – Ministro que, nas Celebrações Litúrgicas, carrega a cruz processional. Sempre ladeado pelas velas.
Cúria - A corte pontifícia (confira a hierarquia da igreja católica no quadro ao lado).
Diácono - É uma pessoa ordenada para servir à comunidade. É um ministro que recebe um sacramento e tem funções próprias na liturgia, como proclamar o Evangelho, fazer sermão, proferir algumas orações em nome do povo e despedir a assembléia no final da celebração, quando o presidente é um sacerdote. Na falta de sacerdote, ele preside a celebração.
Diocese - Parte da igreja sobre a qual um bispo tem jurisdição. Em geral, tem caráter territorial, mas há dioceses pessoais, como de bispos de comunidades nacionais em países estrangeiros.
Dogma - Ponto da doutrina estabelecido formalmente pela igreja. É de aceitação obrigatória para os fiéis.
Doxologia - É a proclamação em que o presidente da celebração resume o conteúdo dos gestos e ritos que fez. Logo após a consagração, ele reza - "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre". Os fiéis respondem - "Amém".
Encíclica - Carta circular pontifícia.
Epiclese - Súplica invocando o Espírito Santo sobre as oferendas, pouco antes da consagração.
Epístola - Trecho da carta de algum apóstolo que a Igreja relembra para melhor vivência dos fiéis na missa e durante a semana
Esmola - É o gesto que a Igreja pede a todo fiel como sinal de amor ao próximo. É dar sem interesse de reconhecimento ou recompensa. Especialmente no tempo da Quaresma, a esmola é sinal de conversão.
Estante – Pequeno móvel de madeira ou de metal sobre o qual se coloca o Missal, durante a Missa. É também substituída por almofada.
Espórtula - Quantia em dinheiro oferecida para manter as necessidades da celebração. Não é pagamento pelo sacramento, porque seu valor é ínfimo, não há preço que pague; nem é para substituir o dízimo, que tem outra finalidade.
Evangelho - Cada uma das narrativas da vida de Jesus que fazem parte do novo testamento.
Exposição do Santíssimo - Cerimônia litúrgica de adoração ao Cristo presente na eucaristia.
Festa - A celebração cristã tem sempre sentido de festa, porque nela os fiéis se reúnem com alegria para atualizar, lembrar e comemorar a presença de Cristo em sua vida, até que se realize a promessa de um encontro definitivo. A festa se expressa pelos sinais da luz, canto, música, aleluia, flores e velas acesas.
Fiel - Toda pessoa batizada. Aquele que professa a fé em Jesus Cristo ressuscitado e participa da Igreja. O conjunto de fiéis que celebram a liturgia se chama assembléia. O conjunto de todos os fiéis, vivos ou falecidos, se chama Igreja. Na liturgia as fiéis manifestam a sua fé através de gestos, sinais, respostas e cantos. Na vida os fiéis manifestam a sua fé vivendo o seguimento de Jesus e cumprindo o seu mandamento de amar ao próximo.
Fogo - Sinal de luz, calor, purificação e amor. É símbolo de Cristo, representado no círio, aceso no fogo da celebração da Vigília Pascal. É símbolo do amor de Deus, o Espírito Santo, porque foi em forma de línguas de fogo que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes (At 2). Normalmente está presente nas celebrações através da chama das velas e da lamparina acesa junto ao sacrário.
Galheta – Vaso normalmente de vidro ou metal, onde são colocados o vinho e a água usados na missa.
Genuflexão - Gestos de dobrar um dos joelhos, ao entrar na igreja ou diante do sacrário e do Santíssimo. Pode ser substituído por uma reverência quando se está em procissão.
Genuflexório – Banquinho para se ajoelhar.
Gestos - Os gestos são a linguagem do corpo. Mesmo sem falar, nossos gestos demonstram o que pensamos e sentimos. Os principais gestos da celebração são - o sinal-da-cruz, o beijo do sacerdote no altar, andar em procissão, bater palmas, ajoelhar, inclinar a cabeça, fazer reverência, ficar de pé, sentar e ouvir com atenção, dar as mãos, elevar as mãos, dar o abraço da paz e abençoar.
Glória - É um louvor às três pessoas da Santíssima Trindade cantado ou recitado, depois do ato penitencial, nas Missas de domingo e solenidades. No tempo de Advento e Quaresma não se reza o Glória.
Homilia - É a explicação da Palavra de Deus, especialmente do Evangelho, com o objetivo de relacionar o texto com a vida dos fiéis. O ministro da celebração traz a mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fiéis para praticar o que propõe. Deve relacionar-se com o assunto e a mensagem do Evangelho e com o motivo da celebração, conforme a realidade da assembléia. Sermão, pregação que o padre faz durante a missa.
Hóstia Magna – Pão sem fermento usado pelo padre na celebração da Missa.
Imposição das mãos - É o gesto de bênção. É próprio apenas do Bispo impor as mãos sobre a cabeça dos fiéis; é o gesto de consagração, nos sacramentos da Ordem e Crisma. O sacerdote impõe as mão sobre pessoas ou objetos nas bênçãos que preside. Quando o ministro leigo abençoa, não impõe as mãos; conserva-as unidas faz a oração da benção e, no final, traça o sinal-da-cruz sobre si mesmo.
Incenso – Resina perfumada que se coloca no turíbulo com brasas.
Incenso - Sinal de festa e oração. É um perfume que sobe com a fumaça produzida por pequenos grãos colocados sobre brasas no turíbulo. Os grãos são feitos de uma goma perfumada extraída de árvores. Aquecidos pelas brasas do turíbulo, exalam suave perfume que subirá ao ar, como a oração dos fiéis sobe até Deus. O coroinha é responsável por encher a naveta com incenso. Durante a celebração, o presidente retira uma porção de incenso da naveta e a coloca no turíbulo. Nas Missas solenes são incensados o altar, o Santíssimo, o Evangelho e a assembléia.
Jejum - É um gesto de penitência. Representa que o homem está livre das coisas materiais e quer se converter a Deus, deixando de comer ou beber durante um certo tempo, como fez Jesus. Na Quaresma a Igreja pede que se faça jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, conforme o quarto mandamento da Igreja. Além desses dias, a pessoa pode fazer jejum em qualquer dia do ano, por um tempo que não prejudique a saúde, sempre tendo em conta o que Jesus disse a respeito dessa prática (Mt 5,16ss). Para comungar, é preciso estar em jejum pelo menos uma hora antes da comunhão.
Joelhos - O gesto de dobrar os joelhos ou permanecer de joelhos é sinal de adoração, humildade e penitência.
Lâmpada do Santíssimo - É o sinal da presença de Cristo. Deve estar acesa sempre que houver hóstia consagrada no sacrário. Pode ser usada uma vela, chamada óleo ou mesmo lâmpada elétrica.
Lava-pés - Celebração realizada na solene celebração eucarística da Quinta-feira Santa, à tarde ou à noite, em que doze pessoas são escolhidas na comunidade para representar os doze apóstolos na última ceia de Cristo, quando instituiu a Eucaristia e o sacerdócio. É um gesto de humildade do ministro, Bispo ou sacerdote, e disposição de todos para seguir o exemplo de Jesus.
Lavabo – Parte da missa em que o sacerdote lava as mãos. Vasos que contém água para esse ritual. Cerimônia de ação litúrgica sacrificial, pela qual o sacerdote simboliza a purificação da comunidade para oferecer ao Pai o sacrifício.
Lecionário – Livro com as leituras bíblicas da missa. Pode ser FERIAL (para os dias comuns), SANTORAL (festas dos Santos) e DOMINICAL (para os domingos). Existe também o RITUAL (livro que contém as mais variadas celebrações: Ritual de Exéquias, Batismal, Matrimonial...).
Légio – Estante de pedestal alto, de onde são feitos os comentários, dando os avisos, etc.
Leitura - Cada celebração tem suas leituras próprias, tiradas da Bíblia. São a Palavras de Deus. O lecionário e o diretório litúrgico indicam quais as leituras aconselhadas ou determinadas para cada dia ou ocasião. Em celebrações especiais podem ser escolhidos outros textos da Palavra, não estabelecidos para o dia, mas que se relacionarem diretamente com o assunto da celebração e a realidade da assembléia.
Librífero - Ministro do livro. Encarregado pelo Missal e outros livros durante a celebração. Fica também encarregado de conduzi-los ao celebrante.
Liturgia - Ação sagrada da Igreja, pela qual os fiéis glorificam a Deus e são santificados por ele, em Cristo, através de ritos sensíveis. O Concilio Vaticano II trata da liturgia na Constituição "Sacrosanctum Concilium", mencionada nos livros com a abreviatura SC. A Missa ou celebração da Eucaristia é o ponto alto da liturgia. Celebração com ritual estabelecido previamente pela Igreja Católica para o culto comunitário. A mais importante delas é a missa.
Luneta – Parte do ostensório, em forma de meia-lua, na qual se coloca a Hóstia Magna.
Luz - Sinal de alegria e festa que se expressa no círio e nas velas.
Mãos - As mãos têm função importante nas celebrações. É com elas que traçamos o sinal-da-cruz, ao iniciar a oração. Por elas completamos com a linguagem dos gestos o que expressamos em palavras. Observando as mãos do presidente da celebração e dos fiéis, entendemos melhor o sentido de cada rito - mãos dadas - expressam união e solidariedade; mãos estendidas - expressam oferta, participação; mãos levantadas - expressam oração e súplica; mãos postas - expressam oração e piedade.
Manustérgio – Pequena toalha usada no lavabo. Geralmente é parecido com o sanguíneo, diferenciado por ter uma cruz numa das extremidades.
Matraca - Utilizada como a sineta em algumas ocasiões.
Matrimônio - Celebração do sacramento do casamento. As flores, enfeites e fotografias não devem atrapalhar o principal, que é a presença de Cristo. As músicas devem ser escolhidas de modo que expressem a fé, e não qualquer idéia contrária à fidelidade do casal e à indissolubilidade do matrimônio, porque a música é uma forma de oração, que é expressão daquilo em que acreditamos.
Ministro - É a pessoa que tem uma função própria na celebração como presidente, leitor ou outro serviço. Pode ser ordenado, como sacerdote ou diácono, ou instituído (leigo), como o ministro da Eucaristia. Deve usar uma roupa apropriada, que indique essa condição. A veste é sinal da função na liturgia.
Mitrífero - Ministro da mitra. Encarregado pela mitra e de levá-la ao Bispo.
Missa - Celebração do sacramento da Eucaristia. Foi chamada desde o início pelos primeiros cristão de eucaristia, Fração do Pão ou Ceia do Senhor. Quando a celebração era em latim, o sacerdote despedia-se dos fieis dizendo "Ite, missa est", que quer dizer - "Ide, enviados" ou "Ide, a missão foi dada". O ministro despede os fiéis e os envia a realizar a missão que recebemos. Aquilo que Cristo nos propõe no Evangelho devemos realizar no mundo - testemunhar o seu amor.
Missal – Livro usado durante a missa, pelo padre, onde estão as partes fixas, as orações dos diversos tempos litúrgicos. Livro que contém as orações e leituras e a fórmula das missas para cada dia e cada domingo do ano.
Música - A oração pode ser rezada ou cantada, com música. Esta deve ajudar a assembléia a unir-se a Deus na oração. Por isso é importante ouvir a voz do povo que canta, e não só o som dos instrumentos. A melodia e a letra devem estar de acordo com a celebração e o tempo litúrgico, evitando músicas populares, não litúrgicas. Algumas músicas, mesmo religiosas, não se prestam para a celebração eucarística. Outras, muito bonitas, com melodia agradável, têm uma letra que fala de idéias contrárias ao Evangelho e à fé, logo, não podem ser usadas nas celebrações.
Natal - Festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro. O tempo do Natal vai do dia 25 de dezembro até duas semanas depois, com a festa do Batismo do Senhor. Estão incluídas nesse tempo a festa de Maria, Mãe de Deus, no dia primeiro do ano, e a Epifania do Senhor, chamada de dia de Reis, no domingo mais próximo ao dia 6 de janeiro. A cor dos paramentos é o branco, símbolo da alegria.
Nave - Corpo da igreja. A nave pode ser central, lateral.
Naveta - Pequeno recipiente em forma de barca, onde se coloca o incenso.
Naveteiro – Pessoa encarregada da naveta na celebração.
Novena - Nove dias de oração que preparam um acontecimento ou festa que vai ser celebrada. É um jeito popular de rezar, especialmente para fazer um pedido, alcançar uma graça. A catequese deve ajudara as pessoas a compreender que a novena tem o sentido de favorecer a conversão, e não tem por objetivo conquistar um favor de Deus ou de um santo, como se fosse uma troca, um comércio.
Núncio - Embaixador do papa.
Ofertas - É o que se leva para o altar para ser preparado e elevado a Deus junto com a oferta do próprio Cristo. Não pode faltar o pão (hóstias) e o vinho. Outros símbolos podem ser levados em procissão, enquanto a assembléia canta.
Oração dos fiéis - Oração em sinal de resposta a Palavra de Deus. As intenções devem relacionar-se com o tema do Evangelho e formular pedidos concretos pelas necessidades da Igreja, do governo, do mundo, dos que sofrem e pela comunidade que celebra. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem conforme combinado antes - "Senhor, atendei a nossa prece", ou outra resposta semelhante. A oração é uma conversa com Deus e pode se expressar de muitos jeitos - canto, ladainha, fórmulas, espontaneamente, com a Bíblia, com a vida. Na celebração da Eucaristia o rito da Oração dos Fiéis vem logo após a homilia ou a oração do Creio.
Pão - É símbolo de alimento e vida. Na Eucaristia é oferecido e consagrado, na forma de hóstia, transformando-se no corpo de Cristo. O pão usado é feito de farinha de trigo muito pura e sem fermento. A transformação do pão em corpo de Cristo tem o nome de transubstanciação.
Papa - Sucessor vitalício do apóstolo Pedro, é bispo de Roma e autoridade máxima da igreja. O atual é Bento XVI, que sucedeu a João Paulo II.
Paramentos - São as roupas solenes, vestes usadas na celebração. O sacerdote usa túnica branca e estola conforme a cor do tempo litúrgico. Nas Missas festivas usa a casula da mesma cor. O Ministro da Eucaristia deve usar túnica ou casaco, conforme as normas diocesanas.
Paróquia - Divisão territorial da diocese sobre a qual um padre tem jurisdição.
Páscoa -Festa da ressurreição de Cristo. É a Eucaristia mais solene do ano litúrgico, sinal de vida nova, depois da conversão acontecida na Quaresma. É o tempo litúrgico que começa com a Vigília Pascal e se estende até o domingo de Pentecostes. Durante todo o tempo litúrgico da Páscoa, os paramentos devem ser brancos e o círio pascal deve ser mantido junto ao altar.
Patena - Serve de apoio para a hora da distribuição do Corpo de Cristo.
Penitência - Há três modos normais de fazer penitência - oração, jejum e esmola. O Advento e a Quaresma são tempos de penitência, simbolizada na cor roxa dos paramentos. As cinzas é sinal de penitência. Chama-se também penitência o sacramento da confissão ou perdão dos pecados.
Pentecostes - Festa que acontece 50 dias depois da Páscoa. Celebra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos (At 2). A cor dos paramentos é vermelha.
Posição dos fiéis - A maneira como nos apresentamos é um gesto que revela o que sentimos. A posição, de pé é o gesto de quem houve o Evangelho, pronto para praticá-lo. De joelhos é sinal de reverência, adoração, humildade e penitência. Sentados, para ouvir e meditar. Com as mãos levantadas, em sinal de oração e súplica. De mãos dadas, união entre irmãos. Mãos postas juntas, sinal de oração, piedade. Para comungar, o fiel fica com a mão esquerda aberta sobre a mão direita, com a palma virada para cima, na frente do corpo, à altura do peito. O ministro coloca a hóstia sobre a palma da mão esquerda aberta e com a mão direita o fiel a leva até a boca, respondendo - "Amém".
Presbitério - Lugar onde fica o altar, o presidente da celebração, ministros, leitores e coroinhas. Em geral é mais alto, separado por um ou mais degraus da parte da Igreja onde fica a assembléia.
Presidente - É o ministro que dirige a celebração, com funções próprias. Quando é ordenado sacerdote, representa a pessoa de Jesus Cristo, celebrando com túnica e estola. Quando é ordenado diácono, usa a estola atravessada em diagonal sobre o peito. Preside a celebração da Palavra. A celebração da Palavra também pode ser presidida por um ministro não ordenado, como o ministro extraordinário da Comunhão Eucarística, o Ministro da Palavra ou o Catequista.
Primaz - O bispo que ocupa a diocese mais antiga de um país. No Brasil é o bispo de Salvador.
Procissão - Gesto de um grupo numeroso que anda em uma direção, em fila, rezando e cantando. Simboliza a caminhada do cristão em união com os irmãos em direção a Deus. Na Missa pode-se fazer cinco procissões - de entrada - o ministro que preside a celebração segue atrás dos fiéis. Quando é solene, deve ter a frente a cruz; de entronização da Bíblia - a Bíblia é levada até a frente do altar, ladeada por duas ou mais velas acesas. O momento oportuno é antes das leituras, depois do Glória, ou antes da proclamação do Evangelho; das ofertas - em direção ao altar, levando símbolos e ofertas; da comunhão - os fiéis preparados dirigem-se até os ministros que distribuem a comunhão; final - depois da bênção, os fieis seguem o ministro celebrante em direção à porta.
Proclamação - É o anúncio solene da Palavra de Deus.
Púlpito - Era reservado para pregação. Era geralmente de pedra. Ficava na nave principal da Igreja.
Quaresma - Tempo que dura quarenta dias e vai desde a Quarta-feira de cinzas até o sábado na véspera do Domingo de Ramos. A cor dos paramentos é roxa, sinal de penitência e humildade. A penitência da Quaresma deve ajudar a conversão, que se faz pela prática da oração, jejum e esmola. No quarto domingo da Quaresma os paramentos podem ser de cor rosa, antecipando a alegria da ressurreição. Durante a Quaresma não se reza ou canta o Glória nem Aleluia.
Querigma - Primeiro anúncio da paixão e morte de Cristo por nossos pecados e de sua ressurreição como promessa de vida eterna. É o primeiro conteúdo da pregação dos apóstolos (1Cor 15,3s; At 2,22-24; At 4,10) e também o conteúdo da evangelização que se aprofunda depois na catequese.
Ramos - Domingo em que começa a Semana Santa. Nele se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém (Mc 11,1-10). Como lembrança daquele dia, os fiéis levam ramos bentos. Os ramos em geral são de folhas de palmeira. Nesse dia pode-se fazer uma procissão logo após a bênção dos ramos, antes da Missa. A cor do paramento é vermelha.
Resposta - Depois de ouvir a Palavra de Deus, os fiéis respondem, realizando-se, assim, um diálogo, a comunicação entre eles. Cada rito e celebração têm as respostas próprias, que devem expressar aquilo que querem significar - a fé em Jesus Cristo. A resposta mais significativa em toda celebração é "Amém", porque reúne numa palavra só muitas realidades.
Rito - É o conjunto de sinais, símbolos, gestos, palavras e tudo o que acontece na celebração a fim de expressar uma realidade que não se vê.
Rubrica - Anotações em vermelho, no missal, dando orientações práticas para a celebração.
Sacrário - Local onde ficam as âmbulas com as partículas consagradas. Tabernáculo.
Sacristão - Empregado que tem a seu cargo o trato de uma Igreja; paramentos, alfaias e que prepara tudo para a celebração.
Sacristia - Sala anexa à Igreja, onde são guardados os paramentos e objetos religiosos.
Salmo - Oração tirada da Bíblia. Na Missa pode ser recitado ou cantado. Chama-se salmo responsorial, porque é uma resposta à primeira leitura.
Santíssima Trindade - As três pessoas --Pai, Filho e Espírito Santo-- do Deus único, segundo a doutrina cristã.
Sínodo - Assembléia de bispos do mundo inteiro, que se reúne periodicamente para, sob a presidência do papa, tratar de problemas da igreja.
Sineta - Serve para alertar os fiéis em momentos específicos da celebração.
Teologia - Estudo racional dos dados da fé.
Turiferário - Ministro do turíbulo, que coloca brasas e incensa.
Umbela - Espécie de sombrinha utilizada algumas vezes em procissões.
Vênia - ReverênciaInclinação com a cabeça em sinal de veneração.
Véu do Cálice - Serve para cobrir o cálice em algumas ocasiões.
Viático - Sacramento da eucaristia administrado ao enfermo para indicar-lhe o caminho da fé, ou o do Cristo que segue o caminho (via ) em busca do enfermo.

O que é a Bíblia

A bíblia é uma "biblioteca", coleção de livros, escritos de dezenas de autores diferentes ao longo de 10 séculos. Alguns estão escritos em hebraico (com certas passagens em aramaico), outros em grego e apresentam gêneros literários diferentes: a narrativa histórica, o código de leis, a pregação, a oração, a poesia, a carta, o romance.
O nome desta coleção, "os livros" (em grego, ta biblia), passou a ser um singular, "a Bíblia" (em grego, he biblia). A Bíblia católica é formada por 73 livros: 46 no antigo Testamento e 27 no novo.
COMO SURGIU?
A Bíblia nasce da experiência de Deus que alguns homens e mulheres fizeram ao perceber a presença de Deus nos acontecimentos da vida. Disso surgiu a convicção comum de que Deus os destinou a formar um povo. Esse "povo de Deus" (Israel) apareceu na história por volta de 1200 a.C. A religião do povo de Israel é marcada pela experiência de um único Deus, invisível e transcendente: o SENHOR. Eles exprimiram essa relação que o unia ao seu Deus através de um termo jurídico: a Aliança.
DUAS ALIANÇAS
A Bíblia pode ser dividida em duas partes: Antiga Aliança e Nova Aliança, ou antigo e novo Testamento. A primeira Aliança foi feita por Deus com Moisés e se expressa através da um conjunto de leis (Torá). A nova e definitiva Aliança foi feita por Jesus com seus discípulos.
Para os cristãos, em Jesus de Nazaré, Deus reuniu as pessoas de todas as origens para formar um povo regido por essa nova Aliança, esse novo Testamento. Era uma aliança definitiva; em contrapartida, fazia da Aliança que regia Israel uma etapa que, embora indispensável, estava destinada a ser superada. Os cristãos denominaram-na de antiga Aliança e deram ao conjunto dos livros bíblicos recebidos de Israel o nome de Antigo Testamento (cf. 2Cor 3, 14), enquanto os livros que falavam da pessoa e da mensagem de Jesus formavam o Novo Testamento.
O NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento surge da experiência da ressurreição de Jesus que os discípulos fizeram. Eles não só conviveram com ele, com também foram profundamente marcados pela experiência de sua ressurreição. Eles e seus sucessores colocarem essa experiência no papel e redigiram assim o Novo Testamento pois viam em Jesus a concretização da esperança de Israel e a resposta à expectativa de salvação universal para todos os povos.
A BÍBLIA, PALAVRA DE DEUS.
Quem lê a Bíblia, percebe que ela não se trata antigo tesouro literário ou uma mina de documentação sobre a história das idéias morais e religiosas de um povo. A Bíblia não é somente um livro no qual se fala de Deus; ela se apresenta como um livro no qual Deus fala ao homem, como atestam os autores bíblicos:
Não se trata de uma palavra sem importância para vós: é vossa vida
(Dt 32,47)
Estes sinais foram escritos neste livro para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome  
(Jo 20,30-31)
.
A Bíblia e a fé, embora estejam profundamente enraizadas numa história particular de um povo, ultrapassam a história. É uma Palavra que se dirige a todo homem, em todo tempo e lugar.

Como ler as citações na Bíblia

As freqüentes citações de textos bíblicos são apresentadas da seguinte maneira:
 O TÍTULO DO LIVRO seguido do CAPÍTULO e do VERSÍCULO
Muito importante, porém, é saber distinguir o valor e o significado dos diversos SINAIS DE PONTUAÇÃO E INDICAÇÕES.
A vírgula ( , )  Separa o capítulo do versículo.
O ponto ( . )  Ler somente os versículos ou capítulos que estão indicados.
O hífen ( - )  Ler desde o primeiro versículo indicado até o ultimo sem omitir os versículos intermediários.
O Travessão ( — ) Ler Citações extensas, que ultrapassam o Capítulo, adota-se, portanto, o traço maior.
O ponto e vírgula  ( ; )  Indica a separação de citações, dentro do mesmo livro ou de um livro para outro.
Os parênteses  ( xxxxx )  Cercam textos praticamente iguais, citados no mesmo livro ou em  outros livros, como é muito comum no três primeiros Evangelhos.
Um esse ( s ) Indica que deve ser lido o primeiro versículo indicado e o seguinte: portanto, o total de dois versículos.
Dois esses ( ss )  Indica que deve ser lido o primeiro versículo indicado e mais dois: portanto um total de três versículos.
Para mais de três versículos, usa-se o hífen ( - ),  que pode ser usado também nas duas situações anteriores, ( s ) e ( ss ).
Quando não se indica o versículo, é sinal de que se trata do Capítulo inteiro.
 ALGUNS EXEMPLOS:
 1ªCor. 04, 06-13 - Leia-se, primeira carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo quatro, versículos do seis ao treze.
Jo. 14 - Leia-se, Evangelho de Jesus Cristo, escrito por São João, Capítulo quatorze.
Jr.  32, 16 - 23. 26 ss. - Leia-se, livro do Profeta Jeremias, capítulo trinta e dois, versículos do dezesseis ao vinte e três e o vinte e seis e vinte e oito.
Pr. 01, 07 ( 09, 10; Sl. 110,10; Eclo. 01, 16 ) Leia-se, livro dos provérbios capítulo um versículo sete. (Significa também que, citações, palavras ou idéias semelhantes são encontradas também no mesmo livro, capítulo nove versículo dez, no livro dos Salmos e no livro Eclesiástico nos versículos citados. )
Rm. 12, 14. 17. 20-21 - Leia-se, Carta de São Paulo aos Romanos, capítulo doze, versículos quatorze, dezessete, vinte e vinte um.
Is. 40 — 5 5.  Leia-se, Livro do Profeta  Isaías, capítulos do quarenta ao cinqüenta e cinco.
Tb. 05, 05 — 12, 22s. - Leia-se livro do Profeta Tobias, capítulo cinco, versículo cinco ao versículo vinte e dois do capítulo doze.
 Os Livros da Bíblia são compostos de:  "Título", "Capítulos", "Versículos" e "Sub-versículos".
TÍTULO
Geralmente é caracterizado pelo nome do autor ou para quem foi escrito ou dirigido.
CAPÍTULOS
Os Livros ou Cartas são divididos por "Capítulos", assunto ou raciocínios. Podemos, como em uma carta normal, considerá-los como "parágrafos".
VERSÍCULOS
Os Capítulos são divididos por "Versículos", um conjunto de frases que concluem um assunto.
SUB-VERSÍCULOS
Os Versículos são sub-divididos por sub-versículos, um conjunto de frases ou orações que expressam uma idéia e são separadas, geralmente por: ( , ), ( ; ) ou ( : )
Um Exemplo bem interessante, onde podemos observar claramente estas divisões e sub-divisões.
Jo. 14,6 "Jesus lhes respondeu: Eu sou o caminho,  a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." )
Jo. 14,6a  Somente... "Jesus respondeu: Eu sou o caminho,"
Jo. 14,6b  Até... "Jesus respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida;"
Jo. 14,6  O Versículo todo..."Jesus respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim"
 

A Bíblia é a única fonte de Fé

Para os protestantes a Bíblia é a única fonte da fé e da revelação divina, enquanto os católicos reconhecem 3 fontes: A Bíblia, a tradição apostólica e o magistério da Igreja. Quem tem razão?
RESPOSTA : A própria Bíblia não apresenta nenhum índice dos Livros Sagrados, e não afirma em nenhuma parte, ser a ela a única fonte da fé e da palavra de Deus. Pelo contrário, lemos nela que por muitos séculos Deus confiou oralmente a sua Palavra a Aliança a Noé e a Abraão, que pela tradição oral passava do pai para filhos por muitas gerações. (Gen 4,8s e 15,18s). Também Moisés recebeu a Palavra e a Aliança de Deus oralmente. E mesmo depois, quando escreveu os primeiros livros da Bíblia, guardados na Arca da Aliança, o ensinamento bíblico foi confiado ao sacerdote Araão e seus filhos. ( Lev 10,8-11).
Também Jesus não escreveu e não mandou escrever nenhum livro, mas escolheu, ensinou e autorizou oralmente os Apóstolos, ordenando-lhes: "Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinar todos os povos... ensinando-os a observar tudo o que vos mandei". (Mt 28,18-20).
Cumprindo esta ordem, os primeiros cristãos espalharam o Evangelho por tradição oral, em toda a parte, durante os primeiros decênios, como se pode ler nas seguintes cartas de S. Paulo:
(Tt 1,5) "Deixei-te em Creta para que regules o que falta e estabeleças presbíteros nas cidades, segundo as prescrições que te dei". (II Tm 2,1-2) "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na fé que em está Jesus Cristo, e o que o ouviste de mim diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir a outros".
( I Ts 2,13 ) "Não cessamos dar graças a Deus, porque ao receberdes a Palavra de Deus, que de nós ouvistes, vós a recebestes não como palavra humana, e sim - o que realmente é - como Palavra de Deus".
( II Ts 2,15 ) "Conservai as tradições que aprendestes ou por nossas palavras ou por nossa carta".
Sobre a autoridade de Pedro, reunido com os Apóstolos e presbíteros em Jerusalém (o Magistério), temos um claro testemunho em (At 15,6-29): "Reuniram-se então os Apóstolos e presbíteros para examinar a questão (da circuncisão dos pagãos convertidos). E depois de ter discutido longamente, Pedro ergueu-se e disse: "...Tendo nós sabido que alguns, saindo do meio de nós, sem nenhuma ordem de nossa parte, vos perturbaram com discursos que agitaram as vossas almas, aprouve a nós, depois de nos termos reunido, escolher alguns homens e enviá-los a vós... que vos exporão as mesmas coisas de viva voz. Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, de não impor mais nenhum outro peso..."
Esta autoridade Pedro tinha recebido de Jesus, quando lhe disse, (Mt 16,18-19). "Eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja... a ti darei as chaves do Reino dos céus, e o que ligares na terra, ficará ligado nos céus; e o que desligares na terra, ficará desligado nos céus". Em Jo 16,12-13 Jesus acrescentou a promessa: "Quando vier o Espírito da verdade, guiar-vos-á por toda a verdade".
Portanto : Lógica e cronologicamente, Jesus :
1º - Escolheu, autorizou e enviou os Apóstolos, sob a presidência de Pedro, a evangelizar todos os povos, estabelecendo assim o Magistério da Igreja.
2º - Este ensinamento, oral e pelas cartas, foi transmitido pelos Apóstolos - como Tradição Apostólica - aos bispos e presbíteros por eles escolhidos e consagrados: ( Mt 1,5: II Tim 2,12, I Pd 5,1-2).
3º - Somente depois de mais de 2 séculos o Papa reunido com os Bispos em Concílio, com sua autoridade infalível, declarou uma parte destes escritos da Tradição, como Cânon de Livros Sagrados, ou Sagrada Escritura, ou Bíblia: reservando-se o direito e a obrigação de vigiar sobre sua autêntica interpretação, de acordo com a Tradição Apostólica.
Daí, quando os Católicos obedecem ao Magistério da Igreja, eles têm absoluta certeza de cumprir a Vontade de Deus; mesmo quando estão exercendo práticas que não estão claramente ensinadas na Bíblia, como por ex.: a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, a devoção ao santo Rosário, etc., - ou quando deixam de lado muitas prescrições, que por motivo especiais, circunstanciais, obrigavam o povo de Israel no Antigo Testamento.
Os protestantes, porém, para os quais somente a Bíblia é a única fonte da Palavra de Deus, seriam ainda hoje obrigados a cumprir todas as prescrições do Antigo Testamento, como por ex.:
Não acender fogo (para cozinhar) em nenhuma moradia, no sábado (Ex. 35,3). Não semear diferentes espécies no mesmo campo (Lev 19,19). Não semear e não colher nada, nos campos e na vinha, no ano sabático (Ex 23,10-11 e Lev 25,3-5 ). Não comer os frutos das árvores durante os primeiros 3 anos (Lev 19,23-25 ). Não comer sangue, nem carne com sangue (Lev 17,10-14 e 19,26 ). Não comer coelho, lebre, porco e os demais animais "impuros"(Lev 11,1-47). Punir de morte os blasfamadores, homicidas, adúlteros, homossexuais os transgressores do sábado, os que tiverem amaldiçoado os pais, ou evocado os espíritos, etc (Ex 35,1-3 e Lev 20,9-27 ; 24,10-23).
Qual a seita que está observando todas estas e outras prescrições do Antigo Testamento? E com que autoridade podem se desculpar desta não-observância?
 

Como ler a Bíblia

Sugiro que se utilize o método do padre Jonas Abib, dividindo as citações em cinco pontos:
Promessas: é tudo aquilo que Deus promete àqueles que cumprem (ouvem e praticam) a Sua Palavra. São promessas em que podemos seguramente confiar. Ex.: "Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles" (Mt 18,20); v.tb.: Jo 1,12; Lc 11,13; Ef 6,8.
Ordens: são os mandamentos que devemos obedecer durante a nossa vida, onde demonstramos a nossa fidelidade a Deus. Ex.: "Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado" (Jo 13,34); v.tb.: Mt 5,37; Mc 16,15; Lc 6,27-28.
Princípios Eternos: são as leis que regem o Reino de Deus e não devem ser confundidos com as ordens. São os segredos do funcionamento do Reino. Ex.: "Para os puros, todas as coisas são puras. Para os corruptos e descrentes, nada é puro; até sua mente e consciência são corrompidas" (Tt 1,15); v.tb.: Lc 6,36; 18,14; 1Tm 6,7.
Mensagem de Deus para Hoje: certamente Deus tem uma mensagem para você. Faça de maneira pessoal, com suas próprias palavras.
Como Aplicar a Leitura na Vida: é a parte mais pessoal e mais concreta. Anote e coloque em prática tudo o que descobrir. É a maneira decisiva para mudar o comportamento (ser e agir) e o relacionamento com Deus.
Para terminar o estudo, releia o comentário bíblico e as suas anotações. Observe, então, a incrível unidade que existe entre eles. Se você quiser - e é altamente recomendado!! - tente relembrar a leitura do dia anterior; se possível, memorize o versículo principal, o núcleo da mensagem.
Termine o seu "dever de casa" com uma oração espontânea agradecendo a Deus pelas descobertas do dia e certo de ter aumentado a sua intimidade com Ele. Lembre-se sempre: Não caia no erro de querer ler somente a Bíblia sem a ajuda da Igreja, achando que pode interpretá-la de forma particular. Essa tese é protestante e anti-bíblica. Foi por causa disso que o sectarismo se instalou no mundo cristão, existindo hoje mais de 20.000 denominações - todas elas com mensagens "muito particulares" e distintas umas das outras.

O que é a Bíblia

A bíblia é uma "biblioteca", coleção de livros, escritos de dezenas de autores diferentes ao longo de 10 séculos. Alguns estão escritos em hebraico (com certas passagens em aramaico), outros em grego e apresentam gêneros literários diferentes: a narrativa histórica, o código de leis, a pregação, a oração, a poesia, a carta, o romance.
O nome desta coleção, "os livros" (em grego, ta biblia), passou a ser um singular, "a Bíblia" (em grego, he biblia). A Bíblia católica é formada por 73 livros: 46 no antigo Testamento e 27 no novo.
COMO SURGIU?
A Bíblia nasce da experiência de Deus que alguns homens e mulheres fizeram ao perceber a presença de Deus nos acontecimentos da vida. Disso surgiu a convicção comum de que Deus os destinou a formar um povo. Esse "povo de Deus" (Israel) apareceu na história por volta de 1200 a.C. A religião do povo de Israel é marcada pela experiência de um único Deus, invisível e transcendente: o SENHOR. Eles exprimiram essa relação que o unia ao seu Deus através de um termo jurídico: a Aliança.
DUAS ALIANÇAS
A Bíblia pode ser dividida em duas partes: Antiga Aliança e Nova Aliança, ou antigo e novo Testamento. A primeira Aliança foi feita por Deus com Moisés e se expressa através da um conjunto de leis (Torá). A nova e definitiva Aliança foi feita por Jesus com seus discípulos.
Para os cristãos, em Jesus de Nazaré, Deus reuniu as pessoas de todas as origens para formar um povo regido por essa nova Aliança, esse novo Testamento. Era uma aliança definitiva; em contrapartida, fazia da Aliança que regia Israel uma etapa que, embora indispensável, estava destinada a ser superada. Os cristãos denominaram-na de antiga Aliança e deram ao conjunto dos livros bíblicos recebidos de Israel o nome de Antigo Testamento (cf. 2Cor 3, 14), enquanto os livros que falavam da pessoa e da mensagem de Jesus formavam o Novo Testamento.
O NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento surge da experiência da ressurreição de Jesus que os discípulos fizeram. Eles não só conviveram com ele, com também foram profundamente marcados pela experiência de sua ressurreição. Eles e seus sucessores colocarem essa experiência no papel e redigiram assim o Novo Testamento pois viam em Jesus a concretização da esperança de Israel e a resposta à expectativa de salvação universal para todos os povos.
A BÍBLIA, PALAVRA DE DEUS.
Quem lê a Bíblia, percebe que ela não se trata antigo tesouro literário ou uma mina de documentação sobre a história das idéias morais e religiosas de um povo. A Bíblia não é somente um livro no qual se fala de Deus; ela se apresenta como um livro no qual Deus fala ao homem, como atestam os autores bíblicos:
Não se trata de uma palavra sem importância para vós: é vossa vida
(Dt 32,47)
Estes sinais foram escritos neste livro para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome  
(Jo 20,30-31)
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A Bíblia e a fé, embora estejam profundamente enraizadas numa história particular de um povo, ultrapassam a história. É uma Palavra que se dirige a todo homem, em todo tempo e lugar.